"Pobre" Poder Legislativo
 

O Circo está armado e os palhaços somos nós do povo mineiros-tieteense que paga impostos e somos obrigados a conviver com pessoas descompromissadas com as causas e coisas públicas, algumas irresponsáveis e outras que desonram o nosso voto de confiança depositado nas urnas com tanta fé e esperança!


Não bastassem a imaturidade de alguns e a inexistência de capacidade de outros há, ainda, a ignorância de outros que demonstram com seus atos e discursos que desconhecem o que votam e as Leis que convivem são meras letrinhas figurativas, ou seja, pouca diferença faz se tem significado ou não.


O Poder Legislativo está doente. Aliás, moribundo e na UTI, suspirando quase morrendo e nada é feito para que volte a ter vida e respeito da sociedade. Tem vereadores que não possuem coerência e ironizam a manifestação pública, desrespeitando o voto que o elegeu para cumprir com hombridade o mandato.


Ao eleitor, contudo, nos parece que fica apenas o ônus de, a cada dia, ter menos direitos (o bônus) e obrigado a cumprir com o pagamento de tributos, os quais, aliás, em parte, são utilizados para o pagamento dos salários desses mesmos políticos que debocham do povo e que pouco ou quase nada de melhorias trazem à  nossa comunidade.


Existem vereadores que não saem do gabinete do prefeito, sabe-se lá fazendo o quê. Ora, se os poderes são independentes, que dependência é essa do Poder Executivo? Outros não saem da igreja e na hora de legislar se esquecem do que aprenderam lá nos templos sagrados. Outros, ainda, afirmam categoricamente que defendem a classe trabalhadora e até os representam em entidades de classe. E daí, não custa perguntar: e onde é que estão os empregos?


Cabem outras perguntas como: onde é que estão os cursos técnicos para a formação, qualificação ou requalificação profissionais? Será que estão sabendo que a mecanização da cana já chegou aos canaviais e que os calçados brasileiros, paulistas e de Mineiros já não conseguem ser colocados a preços competitivos no mercado internacional?


Têm ainda aqueles que se dizem humildes, coitadinhos e que foram eleitos pela sua simplicidade. Mas ser humilde e simples dificulta na hora de lutar pela comunidade? Será que não estão confundindo gato por lebre e não estão no lugar errado? Uma Casa de Leis não pode fazer distinção entre pobres e ricos, brancos ou negros, doentes e saudáveis, feios ou bonitos. Nela, todos tem que ser iguais perante a Lei e todos, indistintamente, merecem respeito.


E existem, ainda, aqueles que estão permanentemente em campanha eleitoral e que acreditam que o povo esquece tudo e na hora de votar, vai elegê-los novamente, sem querer saber se fizeram um bom ou mau mandato, porque oferecem uma cesta básica aqui ou um remedinho ali, sem ninguém ver e que não faz mal a ninguém, não é? E assim, a política enoja a todos e nos deixa inseguros quanto ao futuro da comunidade.


A atual administração pública municipal marca de forma negativa nossa história, freando nosso desenvolvimento e aumentando divida pública tanto monetária quanto conceitual. Os boletins policiais registram o aumento no consumo e disseminação das drogas e, o mais triste, entre adolescentes e jovens. Certamente, se tivessem algum tipo de trabalho, se ocupariam com atividades saudáveis e contribuindo para com o progresso da sua cidade. O desemprego é notório, a falta de visão política é a prova do que vemos hoje, uma cidade que mais parece um dormitório.


Alerto para que os vereadores que não se enquadrem na minha crítica, se apresentem, manifestem, gritem por nós, pelo povo! Ainda temos o desenrolar de uma CEI - CP que deveriam já terem cassado o mandato desse que é, como todo o mundo sabe, um dos piores prefeitos de nossa história e os vereadores dessa Câmara Municipal se não fizerem nada, vão também entrar para a história dos piores, para fazer companhia a alguns já estão lá.


Com essas críticas não se quer estimular a reação violenta por parte desses políticos que - quando se sentem acuados ao invés de mudarem seu modo de agir (para o bem da comunidade) partem para ameaças, brigas de ruas, usam pessoas decentes, usam palavras de baixo calão e ainda nos humilham como se nada fossemos, dentre outras situações constrangedoras. Essas pessoas precisam aprender a ouvir mais e conhecer a realidade desse povo que está cansado, oprimido e querendo paz.


Está mais do que na hora de começar a levar a sério a triste realidade mostrada pelos considerados (de forma acintosa e debochada) "jornalecos", os quais, na verdade é a voz do povo, que tem seu grito ecoado e que tantas verdades trazem. Não fossem os ditos ‘jornalecos' que mostram do que o povo precisa quem se atreveria a cobrar dos "donos (ou melhor, inquilinos) do poder" que para viver bem, o povo necessita ter saúde, alimento, segurança, educação, trabalho, lazer, escola, estrada, limpeza pública, transparência, oportunidades.


Ainda restam tempo e esperança. Sei que alguns vereadores vão partir para críticas pessoais que na ordem do dia nada acrescenta no processo democrático. Alguns, na ansiedade de provar para o povo que estou errado, vão querer macular minha honra, com mentiras e outros artifícios a meu respeito. Mas, na verdade, eu não me importo com isso, pois, sei isso é próprio dos inescrupulosos, dos que não têm caráter!


Não tenho receio de me expor, até porque não sou melhor do que ninguém. Pode ser que seja apenas uma voz gritando no deserto ou um dedal no oceano. Mas, como cidadão, ser humano e pessoa de bem, tenho dado o meu contributo. Tem muita gente que me procura pedindo ajuda em questões que caberiam à  Assistência Social do Município, e que está deixando muito a desejar.


O que busco com este artigo não é ofender ou magoar ninguém, principalmente os vereadores, que merecem todo nosso respeito como autoridades, mas, sim, como cidadão. Assim, sinto-me no dever de chamar a atenção para que vejam que nosso futuro não tem horizonte, nem céu, porque infelizmente - vivemos num inferno onde a miséria e a violência impera. Precisamos dar um basta e começar tudo de novo!


Edimilson Eufrásio - Cidadão


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