AS
BANDAS DE MÚSICA
Se
a apresentação de uma banda de música, nos
dias atuais, é presenciada por uma assistência nostálgica,
onde a platéia adulta geralmente procura nos dobrados a imagem
de uma Mineiros antiga, de uma época cheia de romantismo,
enquanto as o coreto do Jardim, palco das bandas - Praça
D. Pedro II
Crianças
apreciam de hoje somente o seu aspecto folclórico uma outra
realidade musical, em épocas passadas, porém as bandas
de músicas executavam composições que eram
moda naqueles tempos. representando um gosto musical vigente. Muitas
daquelas marchinhas, valsas e dobrados interpretados pelas bandas,
podiam ser ouvidos pelo aparelho de rádio, pois as emissoras
de S. Paulo e Rio de Janeiro apresentavam as composições
do momento, que eram exatamente aquelas do repertório das
bandas musicais. E a praça D. Pedro 11 contava com uma assistência
cativa que rodeava o coreto nas noites de domingo, onde se viviam
noitadas românticas, típicas de uma era, mas de uma
era que infelizmente já se perde na poeira dos anos.
Os
maestros, por sua vez, que eram respeitados nas comunidades como
se fossem verdadeiras autoridades, procuravam oferecer novidades
a cada novo concerto público. Para isso contavam com sua
própria verve de compositores que eram (de um modo geral,
todo maestro compunha), fazendo assim perdurar por muitas décadas
o gosto popular pelas bandas de música. E a popularidade
das bandas era tão grande, que até mesmo a Congregação
Mariana de Mineiros do Tietê chegou a ter sua banda de música.
Mas
a banda de música mais famosa e que mais tempo durou, foi
àquela formada pelo maestro João Putomati. Iniciada
em 1923, tinha o elegante nome de Corporação Musical
"Carlos Gomes". Os instrumentos pertenciam ao próprio
maestro, que, quando por motivos particulares precisou mudar-se
para Piracicaba, logicamente teria que levar consigo os instrumentos.
Mas os cidadãos Augusto Zugliani e Romano Pinceli, músicos
da Corporação resolveram comprar o instrumental de
João Putomati, de modo que Mineiros do Tietê pôde
continuar contando, ainda por um bom tempo, com a famosa "Carlos
Gomes".
Nesta
fotografia da Corporação Musical "Catios Gomes",
podemos identificar, da esquerda para a direita, em pé: Augusto
Zugliani (com a tuba), o homem de temo branco incógnito,
João Carrara (de temo escuro e com o clarim), Romano Pincel
(de bigode), José Tozi (o mais alto), Tonico Piorenzan, Francisco
Putomati (irmão do maestro), Afonso Sganzela e Joaquim Stroppa
(com a caixa). Ainda à esquerda c em pé, com a baqueta
na mio, tendo abaixo o bumbo: "Angelin" Zugliani. Sentados,
fileira do meio: o primeiro incógnito, o segundo tamb6m incógnito,
o terceiro era Frederico Bonamini, o quarto incógnito, o
quinto Justino Marckezan (com o clarinete) e por último,
com o prato, Felício de Paece. Na frente, sentados da esquerda
para a direita: João Rici (de chapéu sobre o joelho,
festeiro de Santo Antônio). um menino incógnito e João
Putomati, maestro.
Outras
bandas existiram, mas infelizmente nos faltam documentos que possam
resgatar sua memória. Das bandas de música mais recentes,
podemos citar a Corporação Musical "Mineiros
do Tietê", fundada em 7 de setembro de 1953. Um dos componentes
dessa e de outras Corporações, Augusto Zugliani, foi
homenageado em 26 de agosto de 1990, durante a inauguração
do Ginásio de Esportes, através da execução
do "Dobrado Augusto Zugliani", composto por Antonio Traversa.
E a última banda de música, usando alguns elementos
da banda anterior, se chamava "Corporação Musical
Maestro João Putomati”, tendo como regente Antonio
Traversa.
Corporação
Musical "Mineiros do Tietê, foto de 7/setembro, da esquerda
para a direita, em cima: Ismael Martinez, Luiz Risso, Alcides Aversani,
Valdir Miltinzzi, Gerson Carrara, Valter Stroppa, Antonio Greco,
Roberto Carrara, Gervazio Stroppa. Em baixo: Célio Catalano,
João Carrara, Antonio Florenzani, Cyrilo Calandrin, Pedro
Carrara, Antonio Traversa, Huber Stroppa, Augusto Zugliani e Décio
Masseram.
Corporação
Musical "Maestro João Putomati". Da esquerda para
a direita, os três de cima: Cyrilo Caladrim, Geraldo Rodrigues
e Augusto Zugliani (com a tuba). Na fila do meio: Décio Masseram,
Idílio Botaro, Alcides Aversam, Restituto Tamiazo, Carlos
Botaro e Luiz Risso, Em baixo: Antonio Greco, José Edes Luciano,
lrineu Pedro, Antonio Traversa e Augusto Faga. Ao lado, de roupas
brancas, o Prefeito Municipal, Luiz Mercadante
RESUMO SÓCIO-ESPORTIVO ATUAL
GRÊMIO
RECREATIVO DOS 200 (Com sede própria, com piscinas e área
para esportes e lazer). São seus fundadores Antonio Faraco
Neto, Antonio Tavares Bueno e o Dr. Milton Teixeira, tendo sido
aprovado o estatuto em 24 de junho de 1964. Possui uma sede social
ampla e agradável, e desde sua fundação vem
promovendo os eventos mais requintados da sociedade mineirense.
Exerce atualmente a presidência o senhor Antonio Jarbas Moreira.
CLUBE
ATLÉTICO MINEIRENSE
(Com sede social e campo de futebol)
Surgiu
por volta de 1925, com o nome de A. A. Palmeirinha. Em 1930 já
havia mudado sua denominação para A. A. Mineirense,
possuindo campo de futebol. Em 12 de fevereiro de 1951 foi reestruturado,
sendo eleito como Presidente o senhor Joaquim Ferreira Henriques.
Data dessa época o novo nome dessa agremiação:
Clube Atlético Mineirense. A sede social ficava na rua Santa
Cruz, n° 13. E seu campo de futebol, ainda durante a presidência
de Joaquim P. Henriques, foi denominado Estádio "Dr.
Salvador Mercadante". Em 1959, sob a presidência do Dr.
Jackei Roque, empreendeu-se uma campanha para a compra da sede social,
que era alugada. 24 cotistas financiaram a compra, ressarcidos depois
pelo Clube.
Entre os anos de 1961 e 1962, sob a presidência de Carlos
Alves Mamede, foi construída a nova sede social, na rua Maria
Elídia Ferraz de Arruda, n° 178, fruto de uma dinâmica
campanha popular de arrecadação de fundos, quando
até mesmo a Usina da Barra colaborou. O Presidente atual
é o senhor José Dirceu Alves.
ESTÁDIO
"PREFEITO JOAQUIM FERREIRA HENRIQUES" (FIGUEIRÃO)
Esse estádio foi construído no primeiro mandato de
José Figueiredo (de 1973 a 1976), por iniciativa do próprio
Prefeito, que adquiriu o terreno e fez o campo com alambrados. Durante
a sua segunda gestão, foram completadas as obras: vestiários
c arquibancada coberta. Nessa época o estádio já
era chamado popularmente de "Figueirão", lembrando,
assim, o nome do prefeito que o construiu.
A
denominação oficial de Estádio "Prefeito
Joaquim Ferreira Henriques", foi decidida pela maioria da atual
Câmara de vereadores. MINEIROS ESPORTE CLUBE (MEC) Muito embora
o futebol em Mineiros do Tietê, como esporte organizado, exista
desde longa data (em 1921 foi fundado por Enéas Serra o C.
A. Concórdia, cujo campo ficava no bairro da Coloninha, militando
até por volta de 1925), essa modalidade esportiva somente
conseguiria seu primeiro título de importância em 1990.
E por coincidência essa conquista viria de um clube igualmente
jovem, o Mineiros Esporte Clube, em atividade há somente
7 anos; em agosto de 1990 ele conquistaria o título de Campeão
Amador Regional. pela Liga Jauense de Futebol. um campeonato que
busca indicar o campeão estadual. mas cujos títulos
setoriais, como esse ganho pelo MEC, tem boa repercussão
Esquadrão
do MEC. Campelo Regional Amador de 1990.
Em pé (da esq. para a direita): Mário Cippola (pres.
da Câmara). Maurílio, Dirço, Zé do Vito,
Niltinho, Matão. Airton, Sabugo. Marquinhos, Paulo Roim (massagista),
Pedrinho Cipola (técnico), Dirceu, Cadeado (Presidente do
MEC), Pedro Cipola e Chita. Agachados: Betinho. Marcão (mascote),
Carlinhos, Binho, Si, Carlinhos Cipola. Luiz Carlos, Henrique. Palito,
Antonio Silvestre. Sebastião M. Henriques.
O
MEC foi fundado em 13 de novembro de 1983, tendo sido seu primeiro
presidente. Carlos Alves Mamede. Paulo Roberto de Castro, mais conhecido
como "Cadeado". Presidente, atualmente a agremiação.
Ainda sem patrimônio constituído, o MEC vem utilizando
provisoriamente o Estádio "Prefeito Joaquim Ferreira
Henriques", da Prefeitura Municipal. GINÁSIO DE ESPORTES
"JOSÉ DIRCEU ALVES".
Iniciado
durante o último mandato de José Figueiredo, essa
obra veio a premiar a juventude mineirense, que passou a ter um
espaço coberto para shows populares, já que os salões
dos clubes locais não mais comportavam eventos de maior envergadura.
Além disso, os esportes de quadra necessitavam de um local
coberto como esse, evitando assim que programações
fossem adiadas em dias de chuva.
A
maior parte das obras do Ginásio foi, porém, executadas
durante a administração atual, exigindo grandes esforços
do poder executivo municipal. Esses esforços deram ao (Ginásio
o nome do Prefeito que o concluiu, José Dirceu Alves, ocorrendo
a Inauguração em 25 de agosto de 1990).
JORNAIS
DE MINEIROS DO TIETÊ
Sem
poder assegurar ao leitor de que nesta relação constarão
todos os órgãos de imprensa da história de
Mineiros do Tietê, asseguramos, porém que os nomes
dos jornais que aqui apresentamos, são frutos de uma cuidadosa
pesquisa.
"A
Gazeta de Mineiros" - Sabemos de sua existência através
do jornal "O Rebate", de Dois Córregos. "O
Rebate" agradeceu, em 1902, o recebimento de um exemplar desse
semanário mineirense, enviado pelo seu diretor. "O Mineirense"
- Foi citado na sessão da Câmara Municipal, em 05 de
setembro de 1906, e registrado em ata. Tinha sua própria
tipografia.
"O
Direito" - Em 11 de setembro de 1927 já chegava ao nº.
78. Propriedade de Cardoso & Bueno, tendo como diretor Avelino
Corrêa Cardoso. Teve duas fases: após parar suas publicações,
reapareceu em 1930, continuando a numeração anterior.
Desse modo, em 30 de dezembro de 1930, lançava o nº.
159 (na verdade era o seu segundo número depois do ressurgimento),
tendo como proprietário, Diógenes de Almeida, e como
Redator Chefe, R. da Gama Pantoja. Foi semanário, nas duas
fases.
"A
Reação" - O livro "Lo Stato di San Paolo
nel Cinquantenario dell'Immigrazione" cita a existência
desse semanário de Mineiros do Tietê no ano de 1937.
"Jornal de Mineiros" - 111 número em 28 de fevereiro
de 1938. Tinha como proprietário, Januário Visconti
e como Redator Chefe, João Putomati. Seu último número
foi publicado em 21 de janeiro de 1940. De periodicidade semanal.
"Folha
Mineirense" - Em 20 de fevereiro de 1955 já chegava
ao n1l7, tendo como proprietário Antonio C. de Sousa, e como
Diretor, Oswaldo B. Toffano. Circulou como semanário.
"A
Semana Mineirense" – 1º número em 2 de junho
de 1968, tendo como diretores Sinésio de Oliveira Leme, Ruy
F. Leme e Luiz Mercadante. Na edição especial de Natal
em 1968, chegava ao zero, e então já possuía
um formato menor. Mas antes desse fato ele mostrava um trabalho
gráfico superior aos demais jornais de que ainda se encontram
exemplares. Contava, além disso, com boa equipe de redação;
tinha como Redator Chefe, Edemir R. de Jesus, e entre seus colaboradores
de nível podemos citar o historiador Hamilton Silva.
"O
Estudante" - Em 111 de setembro de 1968 esse periódico
publicou colaborações na Edição Especial
do jornal "A Semana Mineirense", relativa à comemoração
dos 70 anos de emancipação política de Mineiros
do Tietê. "O Estudante" tinha como diretor o Prof.
Sebastião Manoel Henriques, do Grupo Escolar "Antonio
Ferraz".
"Juventude"
- Sabemos somente da existência de seu primeiro número,
lançado em 29 de agosto de 1978. Era um exemplar estudantil
publicado pelo Centro Cívico da Escola Estadual 1º e
2º Graus "Antonio Ferraz" O grupo de redatores não
assinalava seus sobrenomes, assinando, por exemplo, José
e Ilvanda.
"Folha
Mineirense" – 1º número em julho de 1990
(mensário). Edição: Rita de Cássia C.
Sabanelli. Jornalista Responsável: Laerte Maziero. Ambos
residentes em Jaú. Impresso na Evergraf, de Barra Bonita.
Essa publicação não tem nenhuma ligação
com a antiga "Folha Mineirense" de 1955, embora possua
o mesmo nome.
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